Bíblia Sagrada – Tradução Matos Soares (matos-soares, pt_BR, 1956)

Isaías

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Isaías, 17

Notas do capítulo
  • Isaías 17 fala sobre a profecia da destruição de Damasco. O capítulo começa com a declaração de que Damasco deixará de ser uma cidade e se tornará um monte de ruínas. Em seguida, o profeta aponta que Israel também será afetado por essa destruição. Os versículos escolhidos são:

  • Amós 1:3-4: "Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não revogarei a sua punição, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro. Por isso, porei fogo à casa de Hazael, o qual consumirá os palácios de Ben-Hadade." Esses versículos mostram que a destruição de Damasco era uma punição divina pelo mal que a cidade havia cometido, como invadir a Gileade e subjugar seu povo.

  • Jeremias 49:23-24: "Sobre Damasco. Envergonhada está Hamate e Arpade, porque ouviram más notícias; estão desalentadas. O mar está agitado, não se pode sossegar. Damasco desmaiou, voltou-se para fugir, e o tremor a tomou; angústias e dores se apoderaram dela, como da mulher que está de parto." Esses versículos descrevem a angústia que tomou conta de Damasco quando soube da sua iminente destruição.

  • Salmos 83:3-4: "Tramam astutamente contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, e não haja mais memória do nome de Israel." Esses versículos mostram que os inimigos de Israel, como a Síria, estavam conspirando para destruir a nação.

  • Isaías 7:8: "Porque a cabeça da Síria é Damasco, e a cabeça de Damasco é Rezim (e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será quebrantado, para que não seja mais povo)." Esse versículo faz uma referência à aliança entre a Síria e Israel, que era uma ameaça para Judá na época de Isaías.

  • 2 Reis 16:9: "E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; e subiu o rei da Assíria contra Damasco, e tomou-a, levando cativo o povo para Quir, e matando a Rezim." Esse versículo relata como o rei da Assíria conquistou Damasco e levou seu povo cativo para Quir, cumprindo assim a profecia de Isaías.

1 Oráculo contra Damasco. Eis que Damasco deixará de ser cidade, será apenas um montão de ruínas.

2 As cidades de Aroer serão abandonadas aos rebanhos, e estes repousarão ali, e não haverá quem os espante.

3 Será tirado todo o auxílio a Efraim, e a realeza a Damasco; os restos da Síria serão como a glória dos filhos de Israel, diz o Senhor dos exércitos.

4 Naquele dia ficará atenuada a glória de Jacob, e a gordura da sua carne desaparecerá.

5 Será como quando o segador, na ceifa, junta o que ficou por segar, e com a mão colhe as espigas; será como quando se respiga no vale de Rafaim.

6 Restará um rabisco, como quando se vareja uma oliveira, da qual sòmente ficam, nas pontas altas, duas ou três azeitonas, ou quatro ou cinco nos ramos frutíferos, diz o Senhor Deus de Israel.

7 Naquele dia voltará o homem os olhos para o seu Criador, seus olhos contemplarão o santo de Israel.

8 Não olhará mais para os altares que tinham feito as suas mãos, não contemplará mais as obras que os seus dedos fabricaram, os ascherás e as imagens do Sol.

9 Naquele dia as tuas cidades fortes serão abandonadas como as cidades desertas dos Amorreus e Heveus, que foram abandonadas à chegada dos filhos de Israel, ficarão sem habitantes

10 porque te esqueceste de Deus, teu Salvador, não te lembraste do teu poderoso defensor! Poderás fazer plantações de delícias e semear grão estrangeiro;

11 no dia da plantação, vê-las-ás despontar; uma bela manhã a tua plantação dá flor, mas a colheita é nula, no dia da desgraça, o mal é irremediável.

12 Ah! Ruido de povos numerosos, semelhante ao ruido do mar! Tumulto de multa gente, semelhante ao barulho de impetuosas águas!

13 Os povos bramem, como enormes massas de água; porém (Deus) os ameaça, e eles fugirão para longe, serão dispersos, como o pó dos montes pelo impulso do vento, e como um turbilhão de poeira diante da tempestade.

14 À tarde eis a consternação; antes da manhã, já não existirão. Esta é a paga daqueles que nos destruíram, a sorte dos que nos saqueiam.